É janeiro, o ano começou e o verão chegou com tudo para nós aqui abaixo do Equador. Ninguém está a salvo de passar perrengue: no RJ temos sensação térmica de 50 graus, temporal, enchente e falta de luz, só pra citar alguns.
Mas também temos dias de praia, cerveja gelada, blocos de carnaval, festivais de verão. A vida acontece estejamos derretendo ou não. Melhor chupar um picolé enquanto isso.
Para mim, o verão, nos últimos tempos – especialmente depois da pandemia, quando toda a nossa existência foi colocada em perspectiva –, virou sinônimo de lazer. Descanso. Ode ao ócio. Permissão para ser feliz. E eu entendo se você me achar maluca por dizer que é possível ser feliz escorrendo de suor com a cara toda vermelha sob um sol de 40 graus. Mas acredite, alguma felicidade é possível – necessária, até.
Tá autorizado:
Tomar uma cerveja gelada no meio da semana depois do expediente, só porque é verão.
Caminhar à noite pela orla para evitar os raios ultravioletas e enxergar a cidade por novas lentes.
Dar um mergulho no final da caminhada matinal e secar a tempo de passar no mercado para comprar sorvete antes de voltar para casa.
Pedalar no parque ouvindo o canto das cigarras.
Chupar um picolé enquanto espera o ônibus no ponto.
Reagir ao calor usando shorts e cropped sem se preocupar se a barriga está legal porque está calor e dane-se o que um desconhecido pode pensar.
Fazer uma tatuagem
Mudar o cabelo
Ir a shows
Entrar pra um bloco de carnaval
Planejar viagens
O verão é uma autorização para fazer tudo aquilo que a gente se restringe o ano inteiro. E isso inclui também não fazer nada. Descansar. Olhar pro teto. Maratonar uma série no ar-condicionado. Dormir até mais tarde. Jogar videogame. Escrever poemas. Não escrever nada. Ler um livro. Acompanhar o BBB. Não ler livro nem acompanhar o BBB.
Tá autorizado viver e fazer o que te faz feliz. E o verão – ou a lembrança de que a Terra está esquentando cada vez mais e em pouco tempo nada mais será como antes – tá aí pra nos lembrar disso.
Me conta: o que é o verão pra você?
Estratégias para sobreviver ao verão🌞
Bater perna no shopping para aproveitar o ar-condicionado
Entrar numa aula de natação ou hidroginástica (foi assim que comecei em 2021)
Fazer amizade com pessoas que tenham piscina
Ir ao cinema (mesma lógica do shopping, com um adicional de cultura e entretenimento)
Beber bastante água. Sempre leve uma garrafinha na bolsa, de preferência térmica pra manter a água geladinha.
Tomar picolé e sorvete sempre que estiver na rua. Os de fruta são os melhores pra refrescar.
Lavar louça, lavar roupa (as únicas tarefas domésticas toleráveis no calor)
Aproveitar as fontes de água disponíveis: praia, cachoeira, chuveirão, banho de mangueira, o que estiver ao seu alcance.
Diário de uma autora independente na Flip
Eu comentei por aqui que estava escrevendo um diário de viagem sobre minha experiência recente lançando Amor Recreativo na Flip. Esse diário é a matéria de capa da edição nº 5 da Revista Lira que eu mencionei na última carta. A versão digital da revista está disponível aqui e eu recomendo a leitura pra todo mundo que tem curiosidade de saber como é participar da Flip ou que tem vontade de publicar e não sabe por onde começar. Tem umas dicas boas ali e poemas de autores estreantes. Contei no Instagram como foi que rolou o convite para escrever esse diário.
Recomendações da semana
Para ler📚
Breve ato de descascar laranjas, livro de poesia de Bianca Monteiro Garcia. Editora Macabéa + 7 Letras
Fio condutor: de Angélica a Maria, plaquete de poesia do Coletivo Zarafas. Editora Primata.
Caminhos, texto da
na sua news Trajetos de Escrita.Habitando a internet sem CNPJ, texto da
na sua news Pastel de Feira.Mudança de hábito, texto da
na Te escrevo cartas.
Para ver📽📺
As leis de Lidia Poët, série da Netflix inspirada na história real da primeira advogada italiana.
Meu nome é Gal, um recorte cinebiográfico da vida de Gal Costa nos anos 60-70.
Felicidade para principiantes, filme na Netflix
Treta, série na Netflix
Para ouvir🎶
Como ser escritor no Brasil?, episódio de estreia do podcast Rádio Escafandro, reprisado em dezembro.
Agenda📅
Domingo, 14/01, 15h: encontro de autores e sarau da Caravana. Vou participar lendo poemas do meu primeiro livro, É na cacofonia que eu me escuto. No Capitu Café, Rua Cosme Velho, 174, Rio de Janeiro.
Quinta-feira, 18/01: Corujão da Poesia. Casa da Utopia, Rua Alexandre Moura, 61, Niterói.
Amei a colagem 🥰
Esse calor de verão definitivamente me faz me sentir viva! Amo