Hoje é 1º de outubro e estou completando 33 anos.
Eu gosto de fazer aniversários. Sempre gostei. Mais ainda, eu amo festas de aniversário. Minha mãe sempre fez questão de celebrar a minha existência desde o meu primeiro mês de vida, com direito a festinhas familiares, bolo, guanará e muitos doces pra você. Conforme fui crescendo, passei a ajudar minha mãe na confecção das festinhas: escolhendo o tema, embrulhando balas de coco naquele papel repolhudo, enchendo saquinhos surpresa e escrevendo a mão os nomes dos convidados nos convites de papel.
Depois, vieram as festinhas em casa, mais simples, até a minha grande festa de 15 anos com direito a valsa e vestido de princesa. Aniversário na pizzaria (ou no restaurante, no bar) foi outro clássico que fez parte do meu repertório de comemorações, junto com as festinhas de indie rock na época da faculdade em casas que não existem mais.
Tive alguns aniversários que fugiram do padrão também. Em 2011, o Rock in Rio do dia 1º foi o melhor presente de aniversário: Coldplay, Maroon 5, Skank, Frejat, Jorge Drexler e até Maná.
Em 2013, vivendo na Inglaterra, passei meu aniversário em Paris com a minha mãe. Difícil superar esse. Fomos à Catedral de Notre Dame, compramos livros na Shakespeare and Co., almoçamos num restaurante qualquer e visitamos ainda o Museu Rodin e minha escultura favorita, que não é dele, mas da Camille Claudel (A Onda).
A última festa que eu dei, se é que um churrasco no play do prédio com 20 pessoas pode ser chamado de festa, foi em 2018, na véspera do primeiro turno das eleições (aniversariar no inicio de outubro tem dessas coisas). Em todas as fotos estamos sorrindo, confiantes, com nossos adesivos de “Ele não!” no peito.
Na pandemia, não deu pra fazer muita coisa. Meus 30 anos foram comemorados sem grande pompa, mas com bolo. Nos anos seguintes, voltei às comemorações tradicionais em barzinhos e restaurantes, sempre marcando mais de uma data para acomodar todos os grupos de pessoas que quero encontrar: os amigos de Niterói, os amigos do Rio, a família do meu pai, a família da minha mãe. É muito bom ser amada por tanta gente, mas cansa me dividir tanto assim.
Esse ano, considerei fazer uma grande festa. Considerei não fazer nada. Considerei fazer o que sempre faço. No fim, não decidi nada. Fui tomada por melancolia e preguiça. Crise dos 30 atrasada? Inferno astral? Não é medo de envelhecer, nem desejo de ficar sozinha. O desejo, aliás, é ser querida, lembrada, abraçada. Mas nem sempre o desejo acompanha a vontade. Faz sentido isso?
Meu corpo pede abraços, champagne e mergulhos no mar. Minha mente se recusa a planejar. O dia promete chuva. De uma coisa tenho certeza: água não vai faltar. Nem bolo.
Lista de presentes 🎁
Se você gosta de mim e do que eu escrevo e gostaria de tornar esse aniversário especial, veja como você pode contribuir:
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Lendo e interagindo com minhas publicações na internet (o famoso curte, comenta e compartilha).
Me presenteando com qualquer livro da minha lista de desejos da Amazon. Quem liga se eu já tenho mais de 50 livros na minha fila?
Comprando qualquer coisa na Amazon usando o meu link de associada (nem precisa ser pra mim, só de você usar o link eu já ganho uns trocados 😉)
Apoiando as editoras independentes que estarão na Flip 2023 na Casa Gueto e na Casa Pagã. Nos links da benfeitoria de cada uma tem várias faixas de apoio com brindes de livros, ecobag, cursos e muito mais.
Comprando meu livro de poesia, caso ainda não tenha! Escrevi um pouco sobre ele aqui.
O que eu li essa semana 📚
Esse texto da Adelaide Ivánova sobre Retratos Fantasmas, que assisti há duas semanas
Caminhos curtos para caracóis, novo livro de poesia da
Exuzilhar, livro de crônicas da Cidinha da Silva
Obrigada, pai! ❤️❤️❤️
Amo o seu jeito de escrever. Cúmplice de si mesma. Naturalmente profunda. Feliz Aniversário. Que este novo momento biográfico seja rico. E funny. Kisskiss