O planejamento dessa semana ficou um pouco a desejar. Era para eu ter agendado o texto de hoje ontem, mas me dei folga e hoje quando acordei não tive vontade de enviar nenhum dos textos que tinha na fila. Então, vai um pequeno-longo resumo do que eu fiz, vi e ouvi essa semana. Até a próxima carta!
Assisti a uma conferência com Leila Gouvea e Ruy Castro na ABL sobre biografar Cecília Meireles, uma de minhas poetas preferidas. Descobri na conferência algumas das preferências literárias de Cecília que destaco aqui: os poetas românticos ingleses, especialmente John Keats e Peter Shelley, suas contemporâneas latinas, Gabriela Mistral (de quem foi amiga pessoal), Silvina Ocampo e Ester de Cáceres, e anglófonas, Katherine Mansfield (da qual lamentou não ter sido amiga) e Virginia Woolf, de quem Cecília traduziu “Orlando”.
A próxima conferência do ciclo Biografar da ABL será sobre Carlos Drummond de Andrade. As conferências são abertas ao público e acontecem na sede da ABL no centro do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo site da academia.
Ainda sobre a Academia Brasileira de Letras, outra de minhas escritoras preferidas, Marina Colasanti, foi agraciada com o prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra na última sexta-feira. Cecília também recebeu o prêmio Machado de Assis em 1965, um ano após sua morte.
Tive um papo super legal sobre literatura e pesquisa com o pesquisador de letras clássicas Felipe Marques, uma das pessoas por trás do perfil Espelunca Clássica no Instagram. Achei o post a seguir muito interessante, aiás.
Ouvi a primeira parte do episódio do podcast 451mhz com a lendária entrevista de Clarice Lispector a Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti e João Salgueiro. Que surpresa ouvir a voz de Clarice! Caminhei com ela na quinta de manhã e me identifiquei com sua preocupação em ter muitos pensamentos o tempo todo. Ensaiei um texto sobre isso que ainda estou burilando.
Assisti ao filme da Barbie. A prova de que é possível fazer um filme sobre uma boneca ser inteligente e perspicaz. E ainda é divertido pra caramba. Para quem tem dúvidas se vale a pena assistir, a crítica da
diz tudo. Escrevi um pouco sobre a minha relação com a boneca no Instagram.No sábado, participei do Encontro Niteroiense de Profissionais do Livro na Biblioteca Parque de Niterói. No evento organizado pela Fundação de Artes de Niterói, os escritores e profissionais do livro puderam sugerir ações para fomentar a literatura na cidade e ouvir o que a prefeitura já está planejando para essa área. Por enquanto, teremos uma festa literária no final de outubro e editais de publicação pelo selo Niterói Livros a partir do ano que vem.
Como falei na carta passada, dia 27/07 às 20h acontece o clube de leitura Casa de Poetas sobre o meu livro de poesia “É na cacofonia que eu me escuto”. Para participar, é só preencher esse formulário e receber o link do Zoom no seu email. Se deixar pra última hora e o formulário não estiver mais ativo, me manda uma mensagem que eu passo o link da reunião.
O que eu li essa semana
Com links para a Amazon porque sou uma escrava do capitalismo associada e recebo uns trocados de comissão ;)
Belo mundo, onde você está, Sally Rooney (romance)
Também guardamos pedras aqui, Luiza Romão (poesia)
Eu, Tituba: bruxa negra de Salem, de Maryse Condé (romance) – ainda lendo, na verdade, para o próximo encontro do clube Leia Mulheres Niterói no Solar do Jambeiro dia 30/07.
O que eu assisti essa semana
Os guarda-chuvas do amor, de Jacques Demy (1964). Fiz uma assinatura do Mubi para assistir alguns clássicos da lista da Greta Gerwig para me preparar para Barbie, mas não achei muita coisa. Me indiquem mais filmes para ver no Mubi.
Masculino-feminino, Jean Luc Godard (1966). Não consegui terminar, na verdade. Talvez o bonde da nouvelle vague tenha passado pra mim e é tarde demais para embarcar agora.
A sexta e última temporada de Downton Abbey. Me sinto órfã. Mais alguém daqui assistiu?
Luiza, quero ser você quando crescer!
Assisti downton e sou órfã, gostei demais da série! Sobre filmes na MUBI, já viu cinco diabos? Beijo